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Relatório final sobre um grave incidente envolvendo um LOT E-195 voando de Bruxelas para Varsóvia

Em 11 de outubro de 2019, um LOT Polish Airlines Embraer ERJ-195 voando de Bruxelas como voo LO236 sofreu um grave incidente durante uma tentativa de pouso no aeroporto de Varsóvia. A aeronave, transportando 99 passageiros e 6 tripulantes, encontrou rajadas de vento cruzado durante o pouso. O copiloto, que pilotava a aeronave, cometeu erros durante a aterrissagem, resultando em um hard touchdown e posterior ressalto.

Após o salto, o copiloto iniciou um procedimento de arremetida sem seguir os procedimentos padrão, inclusive não pressionando o botão TOGA (Take-Off/Go Around), que teria acionado o sistema de controle de orientação de voo. Como resultado, a subida da aeronave não foi controlada adequadamente e o ângulo de inclinação aumentou significativamente. A falta de reação da tripulação ao aumento do ângulo de inclinação fez com que a aeronave perdesse velocidade rapidamente.

Em determinado momento, o stick shaker, dispositivo que avisa sobre um estol iminente, é ativado, indicando o ângulo crítico de ataque. A tripulação tentou um procedimento de recuperação de virada empurrando o manche para frente para reduzir o tom e aumentar a velocidade. Eventualmente, a aeronave foi estabilizada, posicionada para outra aproximação e pousou com segurança.

A investigação subsequente da Comissão Polonesa de Investigação de Acidentes Aéreos (PKBWL) identificou várias causas prováveis ​​e fatores contribuintes para o incidente. Estes incluíram a execução incorreta dos procedimentos de recuperação e arremetida, reação retardada do piloto monitorando (comandante) aos erros cometidos pelo piloto voando (colaborador), condições meteorológicas (vento cruzado forte), erros de controle da aeronave durante o pouso, baixa experiência do primeiro oficial, falha em seguir os procedimentos padrão, falta de cooperação adequada dentro da tripulação, aplicação incorreta de recuperação de estol e procedimentos de recuperação de perturbação e aquisição prejudicada de informações devido a condições estressantes.

A investigação também revelou que a presença de um tripulante adicional na cabine durante a decolagem e pouso pode ter afetado o desempenho do piloto, mas a simulação de equilíbrio demonstrou que o voo ainda pode ser realizado com segurança com a configuração padrão da tripulação.

Durante a subida após a arremetida, a tripulação pressionou o modo de velocidade vertical no painel do piloto automático várias vezes, indicando aquisição de informações prejudicada devido à situação de alto estresse. A segunda aproximação de pouso foi concluída sem mais incidentes.

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